segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Por quê não um segundo gato?



Por Fabio Rinaldi

Freqüentemente recebemos consultas de amigos e admiradores de felinos que ficam na dúvida quanto à decisão de adotar um segundo gato em casa - temerosos de que seu gato único se ressinta e possa até vir a adoecer pela presença de um novo animal em seu reduto doméstico.
Felizmente, nossa experiência vem demonstrando que esses casos de adoção costumam ter bom resultado de aceitação, desde que sejam tomados alguns cuidados , em termos comportamentais.

Em princípio, numa casa onde já resida um felino, é mais fácil a convivência com um filhote do que com um gato adulto.
Por medida de precaução, é interessante cortar as unhas das patas da frente de ambos, para evitar incidentes... Mas é também bastante comum uma boa convivência entre novos amigos adultos.

Em qualquer caso, é importante que você dê sempre mais atenção ao gato mais antigo da casa, quando ambos estiverem juntos, para que este não tenha nenhuma sensação de perda de afeto. Procure, inclusive, dar um reforço positivo, presenteando-o com pequenos mimos, tais como um novo brinquedo, uma ração diferente, de forma que ele se sinta privilegiado.
Para o novato, reserve o seu afeto para quando ele não estiver na presença do outro!

Nunca é demais lembrar que a introdução de um novo animal em casa deverá ser precedida de uma consulta ao veterinário para uma avaliação de saúde do novo gato: não deixe de realizar exames laboratoriais capazes de detectar as grandes doenças infecciosas felinas, tais como Leucemia Felina e Peritonite Infecciosa Felina (PIF), para então vaciná-lo e, finalmente, dar a ele a oportunidade de também ter um lar.

COMO FAZER A APROXIMAÇÃO?
Ao se introduzir um animal novo na casa devemos deixá-lo alguns dias sem contato com os outros animais do ambiente. Desta forma ele irá adquirir o cheiro do ambiente, para que quando forem apresentados, o impacto seja menor.
A apresentação deve ser feita aos poucos, apenas alguns minutos por dia, por uns três dias.
Fique sempre perto e observe o comportamento dos animais, intervindo quando necessário.
Nos primeiros dias após a apresentação, evite deixar os animais sozinhos, sem supervisão.
Bufar e rosnar são comuns num primeiro momento, mas logo depois se estabelece uma hierarquia e as coisas ficam bem.
O comportamento do seu gato tenderá a melhorar quando ele for castrado.

COMO EDUCAR UM GATINHO?
Observando uma ninhada de gatinhos brincando nota-se que essas brincadeiras são basicamente lutas e disputas... São nessas brincadeiras de dominação e submissão que eles vão mostrando a sua personalidade...Quando as brincadeiras são com a mãe, as mordidas mais fortes são punidas com mordiscadas. Assim ela começa a por limites nos “ataques” dos bebês.
Quando os filhotes chegam aos novos proprietários, cabe a eles colocar os limites.
Se um animal cresce brincando de morder e arranhar, quando adulto ele continuará a brincar do mesmo modo, podendo provocar acidentes.
Quando o gatinho morde com força devemos usar pequenas punições:
- * dar um apertãozinho na língua (quando ele estiver mordendo) provocando um desconforto;
- * tocar a ponta do seu nariz - que é muito sensível - sempre acompanhados de um tom de voz severo;
- dizer NÃO em tom de censura e terminar imediatamente a brincadeira. Só volte a brincar minutos depois. Esse processo deve ser repetido todas as vezes que houver um “excesso”.

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